"Tempos de Tormenta" é um drama histórico que retrata dois momentos cruciais da vida de Winston Churchill, sua atuação decisiva como primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial e, em contraste, sua surpreendente derrota nas urnas logo após o fim do conflito. Interpretado magistralmente por Brendan Gleeson, o filme acompanha Churchill não apenas como o líder carismático e incansável que enfrentou a ameaça nazista, mas também como o homem vulnerável e introspectivo que lidou com a rejeição política após a vitória.
A narrativa intercala cenas de guerra, discursos emblemáticos e bastidores do poder com momentos de sua vida pessoal, especialmente sua relação com a esposa Clementine, vivida no longa por Janet McTeer. O filme oferece um olhar íntimo e político sobre um dos personagens mais marcantes do século XX cuja retórica e coragem foram decisivas para o destino da Europa.
Esse é um filme sólido e envolvente, sustentado principalmente pela atuação poderosa de Brendan Gleeson, que inclusive lhe rendeu o Emmy de Melhor Ator. A produção da HBO é cuidadosa nos detalhes históricos, figurinos e ambientação, trazendo um retrato digno da grandiosidade do personagem que interpreta.
Um dos méritos do filme é abordar não apenas o triunfo de Churchill na guerra, mas também a humilhação política que se seguiu. Essa dualidade entre o herói nacional e o político derrotado enriquece a narrativa e humaniza o mito. O roteiro equilibra bem os momentos épicos e os mais íntimos, oferecendo uma visão multifacetada do líder britânico.
Quem se interessa por história, política e biografias intensas com certeza precisa assistir ao filme. "Tempos de Tormenta" não é apenas um retrato de um líder em tempos extremos, mas também uma reflexão sobre a efemeridade do poder e a complexidade dos grandes homens.
Poucos nomes na literatura mundial carregam tanto prestígio e fascínio quanto o de Agatha Christie. Conhecida como a “Rainha do Crime”, a escritora britânica construiu uma carreira brilhante ao longo do século XX, deixando um legado impressionante de romances policiais, peças teatrais e personagens icônicos que moldaram para sempre o gênero do mistério.
Mas por trás das reviravoltas engenhosas de seus livros, havia uma mulher enigmática, marcada por momentos de glória e sombras, que viveu com intensidade e mistério. Dentro e fora das páginas.
Agatha Mary Clarissa Miller nasceu em 15 de setembro de 1890, na cidade litorânea de Torquay, no sul da Inglaterra. Criada em uma família da classe média alta, recebeu uma educação bastante liberal e teve acesso a livros desde cedo. Embora não frequentasse a escola tradicional na infância, sua mãe a incentivou a desenvolver o gosto pela leitura, especialmente por histórias de fantasia e aventuras.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Agatha trabalhou como enfermeira e, mais tarde, como assistente de farmácia, o que lhe proporcionou um conhecimento prático sobre substâncias químicas e venenos. Esse saber técnico viria a ser essencial na construção dos seus futuros enredos, que muitas vezes envolviam mortes misteriosas por envenenamento.
Seu primeiro romance, O Misterioso Caso de Styles (1920), apresentou ao mundo o icônico detetive belga Hercule Poirot. A obra chamou atenção por sua originalidade e pela forma como explorava os elementos clássicos do quem foi o culpado? A partir daí, Agatha Christie deu início a uma carreira literária prolífica e bem-sucedida.
Durante as décadas de 1920 a 1970, ela publicou mais de 80 romances policiais, além de contos e peças de teatro. Criou personagens memoráveis como Miss Marple, a simpática e astuta velhinha que desvendava crimes em pequenos vilarejos, e, claro, continuou desenvolvendo as aventuras de Hercule Poirot.
Seu estilo se notabilizou pela estrutura engenhosa, repleta de pistas falsas, revelações inesperadas e finais surpreendentes. Obras como “Assassinato no Expresso do Oriente”, “E Não Sobrou Nenhum” e “Morte no Nilo” são verdadeiros clássicos da literatura policial e ainda hoje cativam leitores em todo o mundo.
Agatha também brilhou nos palcos. Sua peça A Ratoeira estreou em 1952 e tornou-se a produção teatral com maior tempo de exibição contínua da história, em cartaz em Londres por mais de 70 anos.
Além disso, ela escreveu sob o pseudônimo Mary Westmacott, com o qual publicou romances de cunho mais romântico e psicológico, revelando uma faceta mais intimista da autora, longe dos crimes e detetives.
Agatha Christie foi condecorada com o título de Dame do Império Britânico em 1971, em reconhecimento à sua contribuição para a literatura. Quando faleceu, em 12 de janeiro de 1976, aos 85 anos, deixou um legado extraordinário: seus livros foram traduzidos para mais de 100 idiomas e venderam mais de 2 bilhões de cópias, sendo a autora mais vendida da história, atrás apenas da Bíblia e de William Shakespeare.
Sua obra continua a ser adaptada para o cinema, TV e teatro, alcançando novas gerações. Recentemente, o diretor Kenneth Branagh trouxe para as telonas clássicos como Assassinato no Expresso do Oriente e Morte no Nilo para o público contemporâneo.
Agatha Christie não apenas reinventou o romance policial, mas também redefiniu o papel da mulher na literatura de suspense. Com sua mente afiada, senso de ironia e domínio da narrativa, ela criou mundos envolventes e intrincados que resistem ao tempo. Mais do que autora de mistérios, foi ela própria um mistério e talvez seja justamente isso que a torne tão fascinante.
Ler Agatha Christie é mais do que seguir pistas até o final, é mergulhar na genialidade de uma mente que nunca deixou de surpreender.
A Netflix revelou recentemente o primeiro trailer de Os Donos do Jogo, o novo filme original da plataforma inspirado no Jogo do Bicho, tradicional jodo de azar que movimenta milhões de reais, apesar de ainda ser uma contravenção. A produção marca um passo ousado da plataforma: trazer para o catálogo brasileiro uma narrativa de máfia com sotaque carioca e uma estética própria.
O longa inaugura um terreno até então pouco explorado na Netflix Brasil. A criação é de Heitor Dhalia, conhecido por DNA do Crime, em parceria com Bernardo Barcellos, que também assina o roteiro, e Bruno Passeri. Já o elenco possui nomes como: André Lamoglia, Chico Diaz, Juliana Paes, Mel Maia, Xamã, Bruno Mazzeo, e Stepan Nercessian.
No centro da narrativa, quatro famílias disputam o comando do Jogo do Bicho no Rio de Janeiro, em uma luta que mistura tradição, violência e ambição. Um enredo que promete prender o público do começo ao fim, costurando drama familiar com a tensão de um império clandestino. Os Donos do Jogo estreia no dia 29 de outubro e, até lá, o trailer já adianta que vem por aí uma produção de tirar o fôlego.
Muitos podem se perguntar: porque assistir um filme velho? Bom, primeiro que eles são referências para novas produções e sucessos de seu tempo que ajudam a contar também a história do audiovisual e os seus desafios, além de que são histórias que cativaram pessoas pela sua qualidade narrativa e por traduzir algum sentimento. Por isso, as obras clássicas do cinema precisam ser assistidas!
O Poderoso Chefão (1972) - Baseado no livro de mesmo nome do escritor Mario Puzo, O Poderoso Chefão marcou época e deixou um legado na indústria cinematográfica que perdura até hoje. Ele conta a história de uma família mafiosa que luta para estabelecer a sua supremacia nos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. Uma tentativa de assassinato deixa o chefão Vito Corleone incapacitado e força os filhos Michael e Sonny a assumir os negócios.
Forrest Gump (1994) - Mesmo sendo ingênuo, Forrest Gump nunca se sentiu desfavorecido. Graças ao apoio da mãe, ele teve uma vida normal. Seja no campo de futebol como um astro do esporte, lutando no Vietnã ou como capitão de um barco de pesca de camarão, Forrest inspira a todos com seu otimismo. Mas a pessoa que Forrest mais ama pode ser a mais difícil de salvar: seu amor de infância, a doce Jenny.
De Volta Para o Futuro (1985) - O adolescente Marty McFly é transportado para o ano de 1955 quando uma experiência do excêntrico cientista Doc Brown é malsucedida. Marty viaja pelo tempo em um carro modificado e acaba conhecendo seus pais ainda jovens. O problema é que ele pode deixar de existir porque interferiu na rotina dos pais, que correm o risco de não se apaixonarem mais. Para complicar ainda mais a situação, Marty precisa voltar para casa a tempo de salvar o cientista.
Rocky: Um Lutador (1976) - Rocky Balboa, um pequeno boxeador da classe trabalhadora da Filadélfia, é arbitrariamente escolhido para lutar contra o campeão dos pesos pesados, Apollo Creed, quando o adversário do invicto lutador agendado para a luta é ferido. Durante o treinamento com o mal-humorado Mickey Goldmill, Rocky timidamente começa um relacionamento com Adrian, a invisível irmã de Paulie, seu amigo empacotador de carne.
Você já assistiu todos esses filmes? Faltou dar um check em algum deles? Pode confiar e assistir, porque todos esses filmes valem o seu tempo, cada um da sua forma.
Publicado em 1909, Arsène Lupin e a Agulha Oca é um dos romances mais emblemáticos de Maurice Leblanc, consolidando o charme, a astúcia e o carisma do famoso ladrão cavalheiro francês. Nesta aventura, Lupin se vê envolvido em um mistério milenar: o paradeiro do tesouro dos reis da França, supostamente escondido na lendária "Agulha Oca", uma formação rochosa na costa da Normandia.
A trama mistura suspense, enigmas históricos e um jogo de inteligência entre Lupin e seu jovem oponente, Isidore Beautrelet, um estudante brilhante que decide enfrentá-lo. Leblanc constrói um duelo mental eletrizante entre os dois, com reviravoltas que mantêm o leitor atento até as últimas páginas. O autor combina com maestria elementos de romance policial e de aventura, e ainda adiciona uma pitada de mistério histórico que remete ao estilo de Alexandre Dumas.
O ponto alto do livro está na engenhosidade dos enigmas e na habilidade narrativa de Leblanc, que transforma uma trama complexa em uma leitura fluida e envolvente. Apesar de Lupin ser tecnicamente um fora da lei, sua elegância, inteligência e senso de justiça fazem dele um protagonista irresistível, especialmente quando comparado a figuras de autoridade menos inspiradoras.
Arsène Lupin e a Agulha Oca não é apenas uma história de roubo e perseguição, mas uma exploração da mitologia nacional francesa, com críticas sutis à aristocracia e um elogio à sagacidade individual. É uma leitura deliciosa para fãs de mistério, ação e personagens magnéticos.
Fique bem informado! Participe do nosso grupo de leitores e receba notícias diárias no seu celular. Acesse o link: https://chat.whatsapp.com/HefyIzhIpO1D2HC4Ytp

Cultura
Os lançamentos do cinema e do streming, dicas de filmes, livros e séries, notícias e opinião sobre a cultura popular do Brasil e do mundo sob o olhar de um publicitário e apaixonado por entretenimento.