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COLUNISTAS

Se orientação sexual fosse escolha, ninguém gostava de homem

05/04/2025 09h00 | Atualizada em 04/04/2025 17h39 | Por: Sibéle Cristina

Porque, convenhamos, se fosse uma questão de opção racional, quem escolheria lidar com masculinidade frágil, silêncio emocional e desculpas esfarrapadas? Quem, em sã consciência, optaria por decifrar mensagens subliminares, engolir promessas vazias e esperar atitudes que nunca chegam?

Mas a verdade é que gostar de homem não é escolha – é destino, é química, é algo que escapa da lógica e se aloja no desejo. É se apaixonar pelo jeito que ele ri, pelo toque que arrepia, pelo olhar que desarma. E, mesmo sabendo dos desafios, é permanecer porque o afeto é maior que a estatística.

Se fosse escolha, talvez a razão falasse mais alto. Mas o coração sempre teve o hábito de ignorar avisos e seguir caminhos imprevisíveis. No fim, amar – independente de quem – nunca foi sobre lógica. Foi sempre sobre sentir.

 

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A química une. A maturidade faz funcionar!

28/03/2025 16h30 | Atualizada em 28/03/2025 16h05 | Por: Sibéle Cristina

A química é arrebatadora. É aquele olhar que prende, o toque que arrepia, a vontade incontrolável de estar perto. Ela acontece num instante, sem aviso, sem esforço. Mas, por si só, não sustenta nada. É fogo que começa forte, mas, se não houver combustível, vira apenas cinza.

Já a maturidade é o que mantém a chama acesa. Ela entende que paixão sozinha não constrói relação, que desejo sem compromisso se perde no tempo. É a maturidade que traz paciência para os dias difíceis, diálogo para os desentendimentos e respeito para as diferenças.

A química pode juntar dois corpos, mas só a maturidade mantém dois corações no mesmo compasso. Porque amar de verdade não é só sobre sentir – é sobre escolher, cuidar, permanecer.

No fim, a química é o que aproxima. A maturidade é o que faz durar.

 

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O Ciclo da Traição

21/03/2025 16h00 | Atualizada em 21/03/2025 14h48 | Por: Sibéle Cristina

A traição carrega em si um peso que vai além do ato em si. Ela é mais do que uma simples quebra de confiança; é a semente de algo que se germina por baixo da superfície, algo que, por mais que tentemos disfarçar, acaba sempre surgindo, como uma verdade inevitável. E o que muitos não percebem é que, quando o começo de um relacionamento se dá a partir de uma traição, ele já nasce com uma falha estrutural. Como uma casa erguida sobre um terreno instável, a relação estará sempre em risco de desmoronar.

No início, há uma ilusão de novidade, de adrenalina, e até de algum tipo de empolgação momentânea. A traição não traz consigo apenas a dor da descoberta, mas o impulso de um desejo que não foi satisfeitos em outros lugares, em outros momentos. Mas, logo, essa emoção começa a perder seu encanto. Porque quando uma relação começa na mentira, é a mentira que a alimenta. A base está quebrada desde o primeiro passo.

Em algum lugar, de maneira silenciosa, a consciência começa a se fazer presente. O que um dia foi motivo de excitação e paixão agora se torna uma espiral de insegurança, desconfiança e ciúmes. Se houve uma traição antes, a possibilidade de outra se torna uma sombra constante. O medo de que a mentira se repita, o temor de que a lealdade seja apenas uma palavra sem significado, começa a corroer o que antes parecia sólido. O espelho da relação reflete cada erro e cada falha, e a culpa que se escondeu por um tempo começa a se manifestar de maneira ainda mais visceral.

Quando um relacionamento começa a partir de uma traição, ele nunca se cura completamente dessa ferida. Ele pode até parecer sólido por algum tempo, mas o que é construído sobre a insegurança nunca será verdadeiramente seguro. Porque, no fundo, sempre se sabe: o que se fez a alguém pode ser feito de volta. E, como uma profecia, isso geralmente acontece. O ciclo da traição se fecha, e o que começou em uma mentira termina em outra.

É um ciclo que não respeita as promessas feitas, os juramentos de amor eterno ou as palavras doces que, por um tempo, pareceram sinceras. Ele traz a sensação de que, no fundo, nunca foi real. Que o que existiu foi apenas uma sombra do que poderia ter sido, um reflexo de uma verdade distorcida.

Por mais que o tempo passe, a ferida da traição não se cura com palavras ou com o simples desejo de recomeçar. Ela precisa ser tratada com verdade, e para isso, é necessário olhar para a origem do erro e entender que, quando o começo é marcado pela mentira, a própria essência do relacionamento se torna falsa.

Então, sim, todo relacionamento que começa a partir de uma traição termina da mesma forma. Não porque o amor não tenha sido real, mas porque a mentira foi o alicerce, e tudo o que é construído sobre ela, cedo ou tarde, desmorona. O que resta, então, é aprender a lição de que um amor genuíno nunca começa no silêncio da deslealdade, mas na confiança mútua e no respeito profundo.

 

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As Rapidinhas no Sexo

14/03/2025 18h00 | Atualizada em 14/03/2025 17h13 | Por: Sibéle Cristina

Vivemos em um mundo acelerado. Tudo precisa ser rápido: o café da manhã, a resposta no WhatsApp, a entrega do pedido, o sucesso. E, claro, o sexo também entrou nessa dança frenética do “quanto mais rápido, melhor”. Mas será que as famosas rapidinhas são apenas consequência da pressa cotidiana ou têm um charme próprio?

A verdade é que o sexo nem sempre precisa ser uma obra de arte minuciosamente trabalhada, cheia de detalhes e longos roteiros. Às vezes, ele pode (e deve!) ser espontâneo, intenso, e, por que não, urgente. A rapidinha é aquele desejo que explode sem aviso, aquela vontade que não espera hotel cinco estrelas nem trilha sonora romântica. Ela acontece no improviso, na adrenalina, no calor do momento.

Mas aí vem a pergunta: será que dá tempo de ser bom? Ah, se dá! Quando bem feita, uma rapidinha pode ser um tempero delicioso na vida a dois. O segredo? Entrega. Estar ali, por inteiro, sem distrações, sem preocupações com roteiro, tempo ou estética. O prazer não está no relógio, mas na intensidade do momento.

O problema é quando o sexo vira só rapidinha. Quando a pressa deixa de ser excitante e vira descaso. Quando a rotina engole a conexão e transforma o encontro em um pit stop sem emoção. Sexo precisa de variação, de jogo, de surpresa. A rapidinha pode ser incrível, mas não pode ser a única opção no cardápio.

Então, que tal equilibrar? Que as rapidinhas sejam bem-vindas, mas que também haja tempo para as longas noites, os toques demorados, as conversas sem pressa entre um beijo e outro. Porque, no fim das contas, o melhor sexo não tem a ver com tempo, mas com presença.

E você, tem aproveitado suas rapidinhas ou está precisando desacelerar?

 

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O sexo e suas consolações

07/03/2025 17h30 | Atualizada em 07/03/2025 16h18 | Por: Sibéle Cristina

“O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.” A frase de Gabriel García Márquez soa como um suspiro resignado, desses que a gente solta quando percebe que, às vezes, é preciso se contentar com o que resta. Porque, de fato, quando o amor não chega — ou quando parte antes do tempo —, é no calor efêmero dos corpos que buscamos um remédio para a solidão.

Há quem condene isso como fraqueza, como se o desejo sem compromisso fosse um pecado imperdoável. Mas a verdade é que, em muitos casos, o sexo não é vilão: é anestésico. Não cura, mas adormece a dor por algumas horas. Não preenche, mas distrai o vazio com toques urgentes, com respirações descompassadas, com a ilusão breve de que a solidão está, pelo menos por aquela noite, do lado de fora da porta.

A questão é que o corpo tem fome de contato, mesmo quando o coração está exausto. E há dias em que a pele pede socorro, em que a ausência de afeto pesa demais, em que o silêncio do quarto parece zombar de quem dorme sozinho. É nesses dias que o sexo vira consolo: não pela intensidade do prazer, mas pela sensação de estar, ainda que por pouco tempo, acompanhado.

Márquez entendia isso — essa confusão entre amor e desejo, essa tentativa desesperada de usar lençóis como curativo para cicatrizes profundas demais. Talvez seja por isso que tantos personagens seus se percam em camas erradas, em abraços apressados, em beijos que queimam mas não aquecem. Eles não buscam amor, buscam um alívio qualquer. E quem nunca fez o mesmo que atire a primeira pedra.

Mas o problema do sexo como consolo é que ele exige sempre mais para saciar cada vez menos. Um abraço leva a outro, um nome desconhecido se perde antes da manhã, e a carência que parecia controlada volta ainda mais faminta. É como tentar matar a sede bebendo água do mar: quanto mais se bebe, mais a sede aumenta.

Isso não significa demonizar o desejo ou desprezar o prazer por si só. Muito pelo contrário. Significa apenas aceitar que o corpo é sábio, mas o coração é teimoso — e que, muitas vezes, ele disfarça a falta de amor com apelos urgentes de pele. O perigo é confundir calor com aconchego, suor com sentimento, presença com permanência.

Talvez a maior tristeza do sexo sem amor seja essa: ele lembra, a cada toque, aquilo que poderia ser e não é. Ele esquenta a cama, mas deixa o travesseiro frio. Faz companhia por algumas horas, mas devolve a solidão quando a porta se fecha. E, no fundo, todo mundo sabe que há vazios que não se preenchem com gemidos, só com palavras sinceras ao pé do ouvido.

Então, que o sexo seja vivido sem culpa, mas sem enganos. Que a gente saiba diferenciar o abraço que consola daquele que ama. Que possamos, um dia, descobrir que o verdadeiro consolo para a ausência de amor não é outro corpo, mas a paz de saber que, cedo ou tarde, o amor vai chegar — e aí, sim, o sexo deixará de ser fuga para virar reencontro.

 

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