Vivemos tempos em que a pressa nos empurra para encontros vazios, sorrisos apressados e corpos que se tocam antes mesmo de se reconhecerem. Há quem confunda tesão com amor, presença com entrega, desejo com sentimento. Mas o tempo, sempre ele, se encarrega de mostrar o que é raso e o que mergulha fundo.
Sexo pode ser início, pode ser explosão, pode ser delicioso e necessário. Mas não sustenta uma relação se não houver afeto, presença real, olho no olho, cheiro de cuidado. Não adianta o corpo estar quente se o coração estiver frio. Conexão não acontece entre peles; acontece entre almas.
A verdadeira intimidade está em saber como foi o dia do outro, em lembrar do café sem açúcar, em ouvir com atenção aquilo que foi dito com a voz e também com o silêncio. Está em cuidar da dor do outro como se fosse nossa. Em rir junto. Em chorar também. Está em estar.
Conexão é aquele abraço que cura, o toque que acalma, a mensagem no meio do dia dizendo: “pensei em você”. É a leveza de ser quem se é, sem máscaras nem medo. É a cumplicidade dos detalhes, aquela sensação boa de casa que alguém pode trazer — mesmo sem nunca ter entrado na sua sala.
Quem busca só o corpo, perde o melhor da alma. Quem só se despe da roupa, nunca será visto por inteiro. Porque a conexão verdadeira não exige nudez física — exige coragem para ser vulnerável, para se mostrar de verdade, para amar com inteireza.
No fim das contas, o sexo sem conexão passa. Mas o afeto? Ah… esse deixa raiz. E quando é a alma que se enlaça, o corpo agradece — e o coração floresce.
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Sexóloga
Sexóloga, especialista em relacionamentos, professora de artes sensuais, ativista no combate à violência doméstica, colunista social e comunicadora de tv e rádio.