Investigação apura fraudes em licitações e crimes envolvendo coleta de lixo, água e iluminação pública em várias regiões de SC
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sinaliza que a Operação Mensageiro, deflagrada em dezembro de 2022, pode ter novos desdobramentos ainda em agosto. A operação investiga um esquema de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro nos setores de coleta e destinação de lixo, abastecimento de água e iluminação pública em diversas regiões do estado.
A procuradora-geral do MPSC, Vanessa Cavallazzi, afirmou em entrevista à Rádio Som Maior, de Criciúma, que os processos seguem em trâmite no Judiciário e tiveram atrasos devido à mudança na competência de julgamento, que transferiu os casos das comarcas para o Tribunal de Justiça. Essa alteração exigiu uma reorganização interna e o reforço da estrutura da Procuradoria-Geral. Com a estabilização, a expectativa é de que nos próximos 30 dias haja respostas concretas.
Na região da Amurel, a operação resultou na prisão do ex-prefeito de Pescaria Brava, Deyvisonn de Souza (MDB), único que permanece detido; do ex-prefeito Joares Ponticelli (PP) e do ex-vice-prefeito Caio Tokarski (União), ambos de Tubarão; do ex-prefeito Vicente Corrêa (PL), de Capivari de Baixo; e do atual prefeito Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí, sendo que todos estes respondem em liberdade aos processos.
O MPSC reforça que a operação continua em andamento e que novos desdobramentos podem ocorrer nos próximos dias, com a expectativa de que a Justiça se pronuncie sobre as ações em andamento.