Ministro do STF é alvo de penalidades econômicas por supostos abusos judiciais; medida marca novo capítulo no embate com os EUA
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (30 de julho de 2025) a aplicação de sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal de Brasil, Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky, que permite penalizações por violações graves de direitos humanos ou corrupção.
O Departamento do Tesouro dos EUA bloqueou quaisquer bens que Moraes possa ter nos Estados Unidos e proibiu transações com cidadãos ou empresas americanas. A justificativa é que o ministro tem promovido detenções arbitrárias e restringido a liberdade de expressão na condução de processos políticamente sensíveis, incluindo o caso do ex‑presidente Jair Bolsonaro.
No dia 18 de julho, o governo americano já havia imposto restrições de visto a Moraes e a outros integrantes do STF devido às mesmas acusações. A sanção atual representa um avanço significativo nessa política de pressão.
O contexto é de crescente escalada diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O presidente Donald Trump já anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando o julgamento de Bolsonaro como motivação política. Do lado brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a ação americana, classificando-a como uma violação à soberania e um “chantagem inaceitável”.
Nesse cenário, Eduardo Bolsonaro, filho do ex‑presidente, celebra a sanção como uma vitória simbólica e resultado de sua articulação em Washington para pressionar o governo americano contra Moraes.
Essas sanções representam um momento decisivo nas relações Brasil–EUA, envolvendo acusações de autoritarismo judicial, ameaças comerciais e embates sobre liberdade de expressão e independência do Judiciário.