Manoela Crescencio Pereira fez apelo nas redes sociais sobre revisão das políticas de educação especial
Manoela Crescencio Pereira, de 34 anos, é mãe de três crianças especiais: Miguel, Benjamin e Melina, todos com 7 anos de idade. Os trigêmeos são autistas de nível 3, dois deles não sendo verbais e um pré-verbal. Diante dos desafios que a família enfrenta em busca de uma educação inclusiva de qualidade, Manoela está se tornando uma voz ativa em prol da revisão das políticas de educação especial.
O principal apelo de Manoela é claro: ela exige que os deputados revisem o caderno de políticas de educação especial e criem políticas inclusivas que atendam às necessidades individuais das crianças, conforme garantido na Lei Federal da Inclusão. Ela não quer que outras famílias enfrentem as mesmas dificuldades que a sua.
Ela destaca a importância de uma equipe de avaliação na Secretaria de Educação que seja capaz de identificar as necessidades de suporte e adaptação de atividades de acordo com as individualidades de cada aluno com deficiência. “É baseado no caderno que existe apenas um professor dois por turma, sendo que há classes que podem ter mais de uma criança que necessite de auxílio. Como apenas um professor pode ajudar quatro ou mais alunos? Por isso é importante a revisão do caderno, para especificar pontos como esse”, ressalta Manoela.
Outro ponto crucial ressaltado por Manoela é a falta de acesso a ferramentas de comunicação aumentativa e alternativa para crianças que não se comunicam através da fala. Ela acredita que profissionais capacitados devem ser disponibilizados para ensinar essas crianças a usar essas ferramentas, proporcionando-lhes uma maneira de se expressar e aprender.
Além disso, Manoela destaca a necessidade de supervisão e cobrança quando se trata da implementação de estratégias educacionais inclusivas. Para ela, é crucial que as boas práticas sejam realmente colocadas em prática.
“A inclusão não é apenas sobre estar na escola, mas sobre ter adaptações razoáveis que permitam que os alunos com deficiência reduzam o impacto das barreiras que enfrentam em uma sociedade despreparada para lidar com suas necessidades”, enfatiza.
Manoela tem dois apelos: um direcionado aos deputados, pedindo que revisem as políticas de educação especial, e outro aos pais, encorajando-os a não se calarem diante de dificuldades semelhantes. Sua luta é inspiradora e uma chamada à ação para um sistema educacional mais inclusivo para todas as crianças.