Evento de música clássica reuniu cerca de 3 mil pessoas na última semana
Em uma experiência única, na última sexta-feira (11), a orquestra austríaca Vienna Morphing Chamber Orchestra, junto ao pianista brasileiro Álvaro Siviero, trouxe ao palco do Parque Diamante +Energia um concerto repleto de emoção, imersão e homenagens aos grandes compositores da música erudita.
No repertório de quase duas horas, obras de Kreisler, Strauss e Chopin tocaram o coração dos presentes. Para o comerciante Jorge Luís Ferreira, foi um sonho realizado: “Defino como um momento de sensibilidade, como se estivesse flutuando nas músicas e voltando ao passado”, comentou Jorge.
Em três apresentações únicas no Brasil – Capivari de Baixo, Florianópolis e Curitiba – cerca de 3 mil pessoas assistiram ao espetáculo que segue agora para outras cidades do mundo, como Czestochowa e Krakow, na Polônia, Viena na Áustria e Paris na França.
Para Álvaro Siviero, as apresentações tiveram dupla vertente. “Como músicos, o calor e alegria com que fomos recebidos, com teatros lotados, nos impactaram profundamente. Assim como a transformação na plateia, visivelmente tocada e emocionada, principalmente por aqueles que nunca tinham assistido a um concerto de música clássica”, disse o pianista.
Crianças e adolescentes também tiveram a oportunidade de entrar em contato com a música clássica
Além da apresentação formal, que ocorreu às 20h em Capivari de Baixo, durante a tarde houve também uma exclusiva para os estudantes de música do Parque Diamante e instituições da região, como Joanna de Angelis, Ceaca, Combemtu e Orquestra Santa Terezinha do Menino Jesus. Na ocasião, os jovens receberam um concerto interativo e lúdico, no qual aprenderam termos técnicos, curiosidades e participaram de dinâmicas conduzidas por Álvaro.
A proposta das apresentações no sul do Brasil foi democratizar o acesso à música clássica, proporcionando conhecimento, troca de experiências e incentivo aos interessados na música de concerto. Para Álvaro, essa troca é fundamental. ‘Não é um desafio trazer música clássica ao grande público, pois ela é inerente, atemporal e reside em todos nós. O que fizemos esta tarde foi atender ao chamado do nosso corpo, à necessidade da nossa alma. E quando, ao final da apresentação, as crianças vieram me abraçar chorando, tive a certeza de que tocamos os seus corações’.
Isis Fernandes Porto de Souza (10), aluna das oficinas do Parque, expressou a alegria de vivenciar esse momento. “Foi lindo. Gostei muito, já conhecia algumas músicas e, para mim, parecia que Mozart estava realmente ali tocando”. Sobre a inspiração proporcionada por essas oportunidades, Isis comentou: “Toco violino há três meses, sempre quis aprender. Ver eles tocando é uma grande inspiração”, completou a estudante.
Pela primeira vez no Brasil, a integrante da orquestra Anna Taddeo aprendeu música desde criança com sua tia, uma pianista clássica. Quando teve a oportunidade de escolher seu instrumento, optou pelo violoncelo devido à paixão pelo seu som. Anna ressaltou a importância das apresentações para o público infantil como forma de inspiração. “Foi algo inspirador apresentar para essas crianças. Eu também sou professora de música, então ver algumas delas tomando nota do que estávamos explicando durante a apresentação foi maravilhoso. É gratificante poder compartilhar esse momento com elas”, concluiu a musicista.”