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SEGURANÇA

Técnico de enfermagem é condenado por tentar matar companheira com injeção letal, em SC

O homem trabalhava em outra unidade hospitalar e levou consigo seringas e uma medicação exógena em uma visita à mulher, que estava internada

Joinville - SC, 11/10/2024 08h00 | Atualizada em 11/10/2024 09h30 | Por: Redação | Fonte: G1

Um técnico de enfermagem que tentou matar a própria companheira em Joinville. A tentativa ocorreu enquanto ela estava internada em uma UTI. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta quinta-feira (10), ele foi condenado a 12 anos, nove meses e dois dias de prisão em regime fechado.

A informação é de que o homem trabalhava em outra unidade hospitalar e levou consigo seringas e uma medicação exógena para uma visita familiar. A substância foi aplicada por ele na corrente sanguínea da esposa. Ele foi condenado por tentativa de homicídio com três qualificadoras: emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Cabe recurso da decisão, mas ele não terá o direito de recorrer em liberdade.

 

Mais sobre caso

Conforme o MPSC, a injeção do medicamento causou um quadro súbito de cefaleia, taquicardia e hipertensão na mulher, além de parada respiratória e convulsão. A vítima só sobreviveu porque foi atendida rapidamente pela equipe do hospital. O crime aconteceu em 25 de abril de 2015. Após a ocorrência, três seringas não padronizadas e não utilizadas pelo centro hospitalar foram encontradas no lixeiro próximo ao leito da vítima. Também foram encontrados resíduos da substância no equipamento de soro do hospital.

Na época do indiciamento, em julho de 2016, a Polícia Civil afirmou que a motivação do crime seria patrimonial, pois os dois disputavam um apartamento na Justiça. O julgamento ocorreu na quarta-feira (9). A acusação sustentou o pedido de condenação do acusado ressaltando que ele se aproveitou da fragilidade da vítima para aplicar a medicação sem que ela pudesse esboçar qualquer defesa.

O promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos afirmou, durante os debates, que o réu viveu em união estável com a vítima por 13 anos. "Ele pediu a separação, após os fatos, sem que ela desconfiasse do que ele fizera, mas quando ela ainda estava internada", completou.

 

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