Sessão começou nesta quarta (3) e deve se estender até sexta; réu responde por homicídio qualificado e posse ilegal de acessórios de arma.
O Fórum de Imbituba sedia na manhã desta quarta-feira (3) a abertura do júri popular de Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a jovem Isadora Viana Costa, de 22 anos, em maio de 2018. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) proibiu a transmissão ao vivo, e o julgamento deve se prolongar por três dias.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu deve responder por homicídio triplamente qualificado, feminicídio, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual e posse ilegal de acessório de uso restrito.
O caso ocorreu quando Isadora visitava o namorado na residência dele, em Imbituba. Após relatar à irmã do réu o consumo de drogas e álcool, a jovem teria sido atacada na madrugada do dia 8 de maio. O laudo do Instituto Médico Legal constatou que a morte foi causada por traumas abdominais violentos, compatíveis com múltiplos golpes, afastando a hipótese de overdose alegada pela defesa.
Durante as investigações, a polícia também apreendeu armas, munições com registros vencidos e uma mira a laser de uso restrito na casa do acusado.
A defesa, liderada pelo advogado Aury Lopes Jr., insiste na inocência do réu. Em entrevista à Rádio 89.3, o advogado declarou que a sociedade precisa conhecer de forma integral os autos do processo:
“Até agora, muito se falou, mas pouco se mostrou. Acreditamos que o julgamento trará clareza sobre o que realmente consta nos laudos e depoimentos”, afirmou.
O pedido da defesa para retirar o segredo de justiça do processo foi negado pelo Judiciário. A previsão é que a sentença seja anunciada até a próxima sexta-feira (5).