A ação busca a troca de experiências com o Departamento de Polícia de Castle Rock, no Colorado, considerada a quarta mais segura dos Estados Unidos
Uma comitiva da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) está em missão nos Estados Unidos (EUA) até sexta-feira (4). A ação busca a troca de experiências nas áreas de gestão e operacional realizadas com o Departamento de Polícia de Castle Rock, no Colorado. A cidade é considerada a quarta mais segura dos Estados Unidos, entre aquelas com mais 40 mil habitantes.
“Estamos conhecendo várias experiências que vão desde o monitoramento de cidades, investigação, melhoria na estrutura e equipamentos inovadores. Acredito que o compartilhamento deste conhecimento vai inspirar cada gestor da PCSC a dar o melhor de si, buscando melhorar os prédios, melhorar as estruturas para atender mais e cada vez melhor a comunidade e o próprio policial”, conta o delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel.
O grupo em viagem conta com o delegado John Viera, presidente da Adepol e do delegado Marcelo Nogueira, chefe de gabinete da Delegacia-Geral. Eles participam de workshops e adquirem conhecimento sobre as metodologias e boas práticas do Departamento de Polícia do local. “O trabalho desenvolvido pelo Departamento de Polícia tem dado certo e estamos conhecendo experiências bem-sucedidas”, assinalou o delegado Marcelo Nogueira.
Na reunião de trabalho, nessa quarta-feira (2), com o chefe de Polícia de Castle Rock, Jack Cauley, o delegado Ulisses lembrou do desafio que foi lançado pelo governador Jorginho, quando assumiu a Delegacia-Geral. “O governador pediu que transformássemos Santa Catarina no estado mais seguro da Federação e em uma referência internacional na área de segurança pública. Santa Catarina se tornou o estado mais seguro pelo segundo ano consecutivo e tem quatro das cidades mais seguras do Brasil no ranking das 30 maiores cidades do País”, assinalou.
O delegado-geral apresentou o planejamento estratégico da PCSC pautado em quatro bases. “Relacionamento com a comunidade, melhoria dos processos, melhoria do orçamento e valorização, motivação e inspiração do efetivo. A partir dessa estruturação começamos a desenvolver ações para a concretização desse planejamento”, disse Ulisses Gabriel.
Ulisses Gabriel assinalou ainda que na região Sul, que engloba a Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Santa Catarina tem seis das sete cidades mais seguras. “Para transformar Santa Catarina em uma referência internacional, nós começamos a aprofundar os estudos de gestão pautados em liderança, cuidado com o nosso policial, cuidado no atendimento ao cidadão”, pontuou Ulisses.
Ele contou ainda que lá o chefe de polícia faz uma gestão pautada na preocupação do atendimento ao cidadão, atende com respeito, carinho e se preocupa, sobretudo, com cada policial que trabalha com ele. Além disso, há um programa chamado Policiamento One-by- One, em que um policial sempre se preocupa e cuida do outro para que esteja bem.
"Há uma preocupação com a gestão de pessoas. Se os policiais estão bem, a segurança pública vai bem. Então essa é uma preocupação do governador Jorginho, de saber como o policial está, se ele tem uma qualidade de trabalho e do ambiente de trabalho. Estamos sempre buscando inspirar, motivar e valorizar o nosso efetivo com várias ações de qualificação do ambiente de trabalho, buscando sempre uma melhor estrutura para que ele possa atuar”, destacou.
Além da reunião com o escritor Simon Sinek, a comitiva da PCSC também teve um encontro com o CEO de uma grande empresa, Bob Chapman, que tem a gestão das empresas baseada nas pessoas. “Buscamos experiências no mundo inteiro porque o nosso policial é fundamental para a segurança pública do nosso estado”.
O delegado-geral lembrou que ano passado uma equipe da PCSC participou de Curso da SWAT em Utah, agora a visita ao Colorado, além de uma missão em Israel. “Santa Catarina atingiu patamares históricos no combate à criminalidade, aumentou a produtividade, aumentou o número de prisões, conseguiu diminuir índices de criminalidade graças à união de forças entre as polícias, entre o Ministério Público e o Poder Judiciário, e hoje alcançou uma resolução de homicídios em torno de 80%. É um patamar superior ao do Canadá”, assinalou Ulisses Gabriel.