Um homem e uma mulher serão levados a júri popular, acusados da morte de um bebê de três meses em Caçador, em SC. Júri começa às 8h desta quarta-feira (9) no município. O crime ocorreu em julho de 2022 quando os acusados cuidavam da criança para a mãe trabalhar.

Conforme a denúncia, o homem, na época com 21 anos, teria cometido diversas agressões, pois a criança não parava de chorar. Ele era companheiro da acusada, de 19 anos, que foi contratada como babá e não estava em casa quando o crime foi cometido.

Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a atitude da ré mostra a omissão da obrigação de cuidado, proteção e vigilância que foi assumida pela em relação a criança. O TJ explica que o homicídio é qualificado pelo motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por ser praticado contra um menor de 14 anos.

Bebê morreu por conta das agressões

Os cuidadores foram presos em flagrante, ainda em julho de 2022. O delegado responsável pelo caso, Fabiano Locatelli, explicou que a criança foi levada ao hospital em estado grave e transferida para Florianópolis, onde morreu. A mãe da criança relatou na época dos fatos, que deixou o filho com o casal, por volta das 10h20, e recebeu a ligação da acusada às 14h.

Durante a conversa, a suspeita relatou que levou o bebê ao Hospital Maicé, pois ele estaria com dificuldades para respirar. Porém, o laudo pericial apontou a existência de lesões cerebrais e corporais compatíveis com a prática de “shaken baby”.

A prática é conhecida como a síndrome do bebê sacudido, que ocorre quando um adulto chacoalha o bebê de forma agressiva causando graves danos cerebrais. O exame também apontou lesões no rosto, na cabeça, costas e nádegas.

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