Julgamento está marcado para o dia 3 de setembro, em Imbituba, onde o crime ocorreu em 2018
Sete anos após o crime que chocou Imbituba, no Sul de Santa Catarina, o oficial de cartório de registro de imóveis acusado de matar a namorada, a modelo Isadora Viana Costa, de 22 anos, enfrentará o Tribunal do Júri no próximo dia 3 de setembro. O caso aconteceu em 8 de maio de 2018.
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Isadora conheceu o acusado, então com 36 anos, em março de 2018, em Santa Maria (RS), sua cidade natal. Pouco tempo depois, iniciou o relacionamento e aceitou o convite para passar alguns dias no apartamento dele, em Imbituba.
Conforme relatos apresentados à investigação, Isadora confidenciou a amigas que o companheiro fazia uso de cocaína, álcool e medicamentos controlados, e que se tornava agressivo e instável sob efeito das substâncias.
Na noite de 7 para 8 de maio de 2018, o acusado teria passado mal, chegando a espumar pela boca. Isadora pediu ajuda à irmã do namorado, que foi até o apartamento acompanhada do noivo, por volta das 6h. O homem estava trancado no quarto, mas foi encontrado em boas condições de saúde após a porta ser arrombada.
Pouco tempo depois, de acordo com a acusação, ele teria tido uma crise de fúria e agredido a namorada com vários golpes no abdômen, o que resultou na morte da jovem.
O acusado acionou o Corpo de Bombeiros, mas não acompanhou Isadora ao hospital, segundo a promotora de Justiça Sandra Goulart Giesta da Silva. Em vez disso, permaneceu no apartamento para, supostamente, tentar eliminar vestígios do crime.
Já no hospital, ele teria pedido ajuda a uma amiga, que foi até o local e retirou objetos, como um lençol sujo de sangue e garrafas de bebida. Ambos foram denunciados também por fraude processual, por alterarem a cena do crime.
