Apesar da absolvição nesse caso, o empresário continua preso preventivamente por também ser acusado de tentativa de homicídio contra o próprio cunhado
O empresário de 31 anos, Arthur Filipovitch Ferreira, foi absolvido da acusação de ter matado Ricardo Beppler a facadas. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) na segunda-feira (2), que entendeu que o réu teria agido em legítima defesa durante o episódio, ocorrido no bairro Rio Tavares, em Florianópolis.
Apesar da absolvição nesse caso, o empresário continua preso preventivamente. Isso porque ele também é acusado de tentativa de homicídio contra o próprio cunhado, Rodrigo Bueno Coutinho Müller, no mesmo dia da discussão.
A confusão teria começado dentro do quarto do empresário. Segundo o entendimento judicial, Ricardo teria entrado no cômodo portando uma faca e uma corda. Houve uma briga corporal. Rodrigo, que chegou pouco depois, relatou ter visto Ricardo sobre Arthur, imobilizando-o em posição semelhante à usada no jiu-jítsu.
Conforme o laudo pericial, ambos trocaram golpes com faca durante a luta. Ricardo acabou não resistindo aos ferimentos. Em seguida, Arthur também atacou Rodrigo, desferindo diversas facadas. O cunhado teria tentado se proteger e chegou a suplicar pela própria vida, segundo consta na investigação. Este segundo caso ainda será julgado em júri popular, que deverá decidir se houve ou não intenção de matar.
Histórico de acusações
Arthur não é um nome desconhecido para o sistema judiciário. Em 2013, ele foi acusado de furtar uma motocicleta Hornet 600. Já em 2016, apareceu novamente nos registros, dessa vez por suspeita de furto de combustível em um posto no bairro Jardim Leblon, em Cuiabá (MT), sua cidade natal.
Em julho de 2023, o empresário voltou a ser detido ao tentar emitir um passaporte na sede da Polícia Federal, também em Cuiabá. No processo de verificação, foi constatado um mandado de prisão em aberto. A detenção durou uma semana e acabou sendo revogada.
Arthur Ferreira se apresenta como “trader”, com atuação no mercado de criptomoedas e câmbio. Em 2019, ele também foi denunciado por estelionato. A acusação envolve o suposto desvio de R$ 112 mil de um casal, que teria investido acreditando em promessas de rendimentos mensais entre 9% e 18%. O valor, no entanto, nunca teria retornado aos investidores.
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