Sabe aquela série que você não dá nada, mas que no final, é uma surpresa? Esse é o caso de Amor e Anarquia, uma comédia romântica sueca que acompanha a história de Sofie, que é casada e tem dois filhos, mas se apaixona por Max, que trabalha com ela em uma editora de Estocolmo.
Mesmo sendo vinte anos mais jovem que Sofie, Max também se apaixona por ela e ambos vivem situações perigosas e hilárias no trabalho e em todo lugar em que estão juntos.
No início da série, fica claro que Sofie tem um segredo "vergonhoso" a guardar dos outros, que é o que acaba dando a Max poder de barganha sobre a bem-sucedida mulher de negócios que, aparentemente, vive uma vida perfeita com o seu marido e filhos, mas que esconde uma insatisfação.
A personagem principal sofre com o pai, que é motivo de vergonha para ela, já que os seus protestos contra a sociedade de mercado abalam justamente a carreira impecável que a filha vem construindo. Mas é justamente sobre isso que a série se debruça, já que, pouco a pouco, Sofie vai deixando de lado essa máscara que criou para si e vai tomando conta da própria vida.
Sanidade e loucura são conceitos bastante relativos, e por mais que a normalidade seja mais socialmente aceita, a loucura também tem os seus benefícios, como a liberdade e a sensação de estar sendo verdadeiro consigo mesmo. E é assim que se dá a transformação da mulher que, antes presa, se liberta da convenção e das amarras, e se torna aquilo que quer ser.
A história é tão bem contada, com bons diálogos, uma tensão sempre presente, cenas hilárias e uma clara moral de que, se ser feliz é ser louco, melhor viver na loucura do que estar condenado à morte da personalidade.
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