Para o biólogo e cientista Tiago Rocha essa foi a sua aula mais complexa, que envolve endocrinologia que trabalha com hormônios, sendo o que existe de mais incrível na natureza, pois uma substância ativa a outra, e na sequência ativam um órgão. Existem duas técnicas hoje na medicina que se referem aos hormônios; uma delas afeta um grande número de pessoas que é a reposição hormonal, ele estudou que não é tão benéfica e é até perigosa, ocasionando alguns tipos de problemas de saúde.

“O jejum de imagens e vídeos ligados à internet, está relacionado à melhor performance do casal, principalmente do homem. Quando nos privamos destes artifícios, despertamos os desejos e fortalecemos o cérebro, que é o responsável por regular os desejos sexuais.”

A energia gasta em poucos minutos assistindo conteúdos adultos, ou com masturbação, equivale á um gasto energético médio de um dia de trabalho braçal. Cada vez que ocorre a masturbação, o jovem está se cansando, sendo uma das maiores causas de esgotamento mental, principalmente pela quantidade de imagens que costuma ter acesso, como os vídeos de Tik Tok, explica o biólogo.

Para entendermos o funcionamento da produção de esperma, vemos que para que o hipotálamo se comunique com a hipófise, existe uma estrutura, uma substância chamada GNRH que é um hormônio que estimulará essa glândula a produzir um desses hormônios. No caso em questão serão o FSH e LH, complementa Tiago Rocha.

Para ter um desejo sexual, o hipotálamo que faz parte das emoções liberará um hormônio que estimula a hipófise, que estimulará os sistemas reprodutores, masculino e feminino.

“O FSH e o LH atuarão nos testículos. O FSH produzirá espermas, para a ejaculação acontecer, ele que libera a ideia de espermatogênese. Quando o homem apresenta dificuldades de fertilidade, o problema está exatamente nessa função, representando muitas vezes um erro de comunicação entre esses hormônios. Isso também acontece com as mulheres. O LH ativará no testículo a produção de testosterona, que é o hormônio da sexualidade, sendo ele o principal nesta função. Nas mulheres, o FSH e o LH também agirão. O LH se comunicará com os ovários, que é o local onde ficam os óvulos.

Por volta dos 40 anos, ocorre um declínio da testosterona no organismo masculino, o que gira em torno de 1% ao ano. Em complemento, cerca de 20% dos homens com mais de 60 anos, apresentam níveis séricos abaixo do ideal. Quando falamos do público feminino, a queda desse hormônio pode ocorrer em muitas mulheres a partir dos 20 anos, com uma redução significativa na produção de testosterona a partir dos 35 anos.

 
Os fatores determinantes para a diminuição da produção de testosterona são: a desnutrição, a falta de nutrientes, sendo que a produção de testosterona está relacionada a gorduras boas; a idade, pois um jovem de 20 anos apresenta grande diferença de uma pessoa de 70  anos, no que se refere a presença de testosterona, pois apresentam  baixa produção e o estresse que é o principal bloqueador de testosterona pelo processo químico que ocorre no sistema nervoso central, diz ele.

Estudos mostram que de 90% a 98% das moléculas de testosterona ficam presas, já de 2% a 10% encontram-se soltas na circulação. As soltas, utilizamos e as presas acabam até controlando a libido para que ela não permaneça extremamente alta no organismo.

Dentre os melhores suplementos para a produção de testosterona, temos o magnésio que modula a ligação entre o hormônio e o folículo estimulante, para entendermos melhor, migra da hipófise para o testículo e a partir do FSH produz-se esperma; o boro que regula a testosterona e o estrogênio e aumenta em 28% a testosterona livre. Um importante mineral na atividade sexual; o zinco que contribui na produção de testosterona e provoca a diminuição dos anticorpos que extinguem os espermas; a melancia que a semente estimula o óxido nítrico, é essa substância que fará com que medicamentos do tipo do viagra funcionem, é uma espécie de gás que o corpo produz. A melancia estimula a produção do óxido nítrico, pois tem citrulina, que é transformada em arginina, por ação de algumas enzimas, estimulando dessa forma a produção deste óxido, que relaxa os vasos sanguíneos, provocando a ereção; a maca peruana foi usada durante anos pela medicina popular para tratar impotência e disfunção erétil. Ela tem mostrado efeitos hormonais reais e a vitamina D, pois a sua ausência está diretamente ligada a baixa de hormônios, falta de orgasmo e do desejo sexual principalmente nas mulheres, ressalta Tiago.

A deficiência de testosterona é comum, os níveis desse hormônio começam a declinar a partir dos 30 anos. Hoje, se sabe que a diminuição nos níveis de testosterona pode ser causada por estresse, efeito colateral de medicamentos, alimentação inadequada, idade avançada, dentre outros fatores, conclui o biólogo.