Ah, a adolescência… esse território de descobertas intensas, emoções à flor da pele e dúvidas que gritam mais alto do que as certezas. É quando o corpo muda, a mente se transforma e, de repente, o mundo se torna um palco onde o amor, o desejo, o medo e a insegurança contracenam ao mesmo tempo.
Falar de sexualidade na adolescência é muito mais do que falar de sexo. É falar de identidade.
De corpo.
De respeito.
De autoimagem.
É entender que o desejo não é sujo, nem precoce, nem errado. É natural. Mas que precisa ser acolhido com informação, diálogo e afeto.
Porque não é só o corpo que desperta. O coração também. E junto com ele vêm os primeiros encantamentos, os amores platônicos, os namoros escondidos, as paixões intensas e, sim, também os desamores e as decepções.
Os afetos na adolescência são vividos com pressa, com intensidade, com tudo ou nada. E é exatamente por isso que precisam de atenção. Adolescente não precisa de julgamento. Precisa de escuta.
A sexualidade, quando silenciada, vira terreno fértil pra medo, culpa e vergonha. Mas quando é conversada com verdade, vira fonte de autonomia, de escolhas conscientes e de vínculos mais saudáveis.
Precisamos ensinar os adolescentes a dizerem sim — mas, principalmente, a dizerem não.
A se conhecerem antes de se entregarem.
A não confundirem afeto com carência, nem desejo com obrigação.
A entenderem que o outro tem limites e que eles também têm os seus.
Sexualidade e afetos andam de mãos dadas. E se não forem tratados com cuidado, podem machucar. Mas quando são acompanhados de acolhimento e orientação, tornam-se caminhos lindos de crescimento.
Então, aos pais, educadores, responsáveis e adultos em volta: Conversem. Escutem. Perguntem. Criem pontes — não muros. E lembrem: adolescente bem informado é adolescente mais seguro.
O amor começa em casa.
E o respeito também.
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Sexóloga
Sexóloga, especialista em relacionamentos, professora de artes sensuais, ativista no combate à violência doméstica, colunista social e comunicadora de tv e rádio.