Outubro Rosa é um mês de conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais afeta as mulheres no mundo. Nesse período, campanhas de prevenção e educação são amplamente divulgadas, com o objetivo de incentivar a detecção precoce e a adoção de hábitos saudáveis. Entre esses hábitos, o exercício físico tem se mostrado um grande aliado tanto na prevenção quanto no enfrentamento da doença.
Estudos indicam que a prática regular de atividades físicas pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de câncer de mama, além de contribuir para a qualidade de vida das pacientes durante e após o tratamento. Mas como o exercício pode, de fato, ajudar?
Prevenção e Redução de Riscos
A prática de exercícios físicos está diretamente ligada ao controle do peso corporal e a regulação hormonal, dois fatores essenciais na prevenção do câncer de mama. O excesso de gordura no corpo aumenta a produção de estrogênio, um hormônio que, em níveis elevados, pode estimular o crescimento de células cancerígenas. Ao praticar atividades físicas, como caminhada, corrida, musculação ou dança, há uma melhora no metabolismo e no controle desses hormônios, contribuindo para a redução dos riscos.
Recomenda-se que mulheres façam, no mínimo, 150 minutos de exercícios moderados ou 75 minutos de exercícios intensos por semana. Isso pode incluir desde atividades aeróbicas até treinos de força, que também ajudam no fortalecimento dos músculos e na proteção das articulações.
Exercício Durante o Tratamento
Para as mulheres que estão em tratamento contra o câncer de mama, o exercício pode desempenhar um papel crucial na manutenção da qualidade de vida. Práticas controladas, sob orientação médica e de profissionais de educação física, podem reduzir os efeitos colaterais dos tratamentos como a fadiga, a perda de massa muscular e a diminuição da mobilidade.
Exercícios de baixa intensidade, como alongamento, yoga e caminhadas leves, ajudam a preservar a função física e podem aliviar o estresse emocional associado à doença. É importante lembrar que cada caso é único e, por isso, a intensidade e o tipo de exercício devem ser ajustados às condições de cada mulher.
Benefícios Pós-Tratamento
Após o tratamento, a atividade física continua sendo fundamental. Mulheres que se mantêm ativas têm menos chance de recorrência da doença, além de conseguirem uma recuperação mais rápida e eficaz. O exercício também favorece a saúde cardiovascular, controla o peso e melhora o humor, diminuindo sintomas de ansiedade e depressão que podem surgir após o término do tratamento.
Empoderamento Através do Movimento
Outubro Rosa nos lembra da importância de cuidar da saúde em todas as suas dimensões, e o exercício físico é uma das formas mais eficazes de promover esse cuidado. Ele empodera as mulheres, permitindo que assumam o controle do próprio corpo, seja prevenindo doenças ou lidando com elas de forma mais forte e confiante.
Portanto, ao longo desse mês de conscientização, além de fazer seus exames regulares, lembre-se de que a prática de atividades físicas regulares pode ser um grande diferencial na sua saúde a longo prazo. Mexa-se, cuide-se e inspire outras mulheres a fazerem o mesmo. O movimento é uma ferramenta poderosa de prevenção, recuperação e, acima de tudo, de autoestima.
Esse Outubro Rosa, vamos celebrar o autocuidado em todas as suas formas – inclusive com muito movimento!
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Exercícios físicos
Luiz Otávio é bacharel em Educação Física, personal trainer, instrutor na academia Tuabafitness e atleta de natação do Clube 29. Semanalmente falará sobre exercícios físicos.