Os roubos caíram 13,8% na comparação com 2023, é a menor taxa da série histórica e ainda com um declínio de 33,3% na média dos últimos quatro anos
Santa Catarina apresentou uma expressiva redução nos principais índices de criminalidade em 2024, reforçando a posição como estado mais seguro do Brasil. Dados apontam quedas históricas em roubos, furtos e menor número de feminicídios dos últimos sete anos, evidenciando o impacto positivo das ações de Segurança Pública e das forças policiais no estado.
O dado total de homicídios também registrou queda. As informações estão presentes no relatório da Secretaria de Segurança Pública, produzido pela Diretoria de Inteligência Estratégica, com a participação da Gerência de Estatística e Análise Criminal, apresentado na manhã desta terça-feira (28).
Os roubos caíram 13,8% na comparação com 2023, é a menor taxa da série histórica e ainda com um declínio de 33,3% na média dos últimos quatro anos. Destaque ainda para a diminuição de roubos de celulares, residências e comércios, além da queda de 27% nos roubos e 9,8% nos furtos de veículos. Já os furtos em geral registraram uma redução de quase 4 mil casos, representando 4% a menos em relação a 2023, com destaque para a diminuição de 10,66% nos furtos a residências.
O Estado também registrou avanços significativos na redução de homicídios, com o menor índice da série histórica. A taxa caiu 15,6% na média dos últimos quatro anos e quase 2% em relação a 2023. Cidades como Joinville, Palhoça, São Francisco do Sul, Tubarão e Porto União lideraram a redução de casos. Já os feminicídios, contabilizados nos dados gerais de homicídios, tiveram uma queda de 10,5%, a segunda menor taxa da série histórica. Houve aumento de 0,2% dos casos de violência doméstica comparado a 2023.
O número de roubos e furtos a instituições financeiras atingiu a menor taxa desde o início da série histórica, em 2011. Em 2024, houve uma redução de 9,4% em relação a 2023, com a taxa de 0,72 ocorrências por 100 mil habitantes – 23% inferior à média dos últimos quatro anos.
A apresentação dos dados foi feita pelo secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Flávio Graff, junto com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, o chefe de gabinete do delegado-geral da Polícia Civil, delegado Marcelo Nogueira, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Fabiano Bastos das Neves e a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Boer Fronza.
“Em 2024, Santa Catarina manteve o padrão catarinense de segurança, com reduções expressivas nos principais índices de criminalidade. Esses números refletem o comprometimento das forças de segurança do Estado, a eficiência de nossas estratégias integradas e os investimentos do governador Jorginho Mello. Consolidamos uma posição de destaque nacional como referência em segurança pública”, disse o secretário de Estado da Segurança, coronel Flávio Graff.
Em relação aos latrocínios, o estado registrou 16 casos em 2024, uma redução de 24,7% em comparação à média dos últimos quatro anos. Apesar de um aumento de 1,3% nas mortes violentas em comparação a 2023, Santa Catarina segue com a segunda menor taxa do país por 100 mil habitantes. Das mortes violentas, 65,5% das pessoas tinham passagem policial, e dos autores que foram identificados 55,5% também possuíam passagem.
O índice permaneceu estável nos casos de mortes em confronto policial: tanto em 2023 quanto em 2024, ocorreram 79 casos. A maior parte das pessoas mortas, 72,2% em 2024, possuía antecedentes criminais.
“A Polícia Militar nestes dois últimos anos do governo Jorginho Mello tem recebido investimentos para o aumento da sua corporação e em equipamentos que garantam a qualidade na prestação do nosso serviço essencial, que é manter a ordem pública e protegendo a vida do cidadão catarinense”, afirmou o coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, comandante-geral da PMSC.
Embora o número de estelionatos tenha crescido 6%, reflexo de um aumento global desse tipo de crime, 70% dessas ocorrências ocorreram no ambiente virtual. Segundo a Polícia Civil, o avanço se deve também à intensificação das investigações com a ampliação de delegacias especializadas, reforçando o combate às organizações criminosas.
“A Polícia Civil conseguiu, com muito trabalho e com muito investimento, manter a condição de Estado mais seguro do país e aumentar a produtividade, que já vinha de uma crescente muito grande do ano de 2023. Eu preciso citar dois números de produtividade que são muito significativos: o mandado de busca e apreensão, que aumentamos em 6%, e o cumprimento de mandados de prisão, que aumentamos em 8%”, disse delegado Marcelo Nogueira.
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