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SEGURANÇA

Mãe e padrasto são condenados a 37 e a 23 anos por estupros de menina de 13 anos, em SC

Os abusos teriam se iniciado em janeiro de 2023 e seguido até 14 de outubro de 2024. Além disso, ocorriam quase todos os dias, sem o uso de preservativo

São João Batista - SC, 30/01/2025 08h30 | Por: Redação

 A mãe e o padrasto de uma menina de 13 anos foram condenados a 37 e a 23 anos de prisão. Ela pela prática dos crimes de auxílio de estupro de vulnerável, omissão, lesão corporal qualificada e maus-tratos e ele por estupro de vulnerável. Os abusos teriam se iniciado em janeiro de 2023 e seguido até o dia 14 de outubro de 2024, quando um vizinho ouviu os gritos da menina e chamou a polícia.

Na ocasião, mãe e padrasto foram presos em flagrante. O caso foi denunciado pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de São João Batista em novembro de 2024, e a sentença foi proferida na tarde desta terça-feira (28) pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca de São João Batista.  

Segundo o que apurou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os abusos sexuais contra a menor teriam se iniciado numa oportunidade em que a mãe dela havia deixado a residência por conta de uma briga que teve com o denunciado. Na ocasião, aproveitando-se do fato de estar sozinho com a menina, ele a violentou sexualmente, sob ameaças de morte.

"A partir de tal fato, o denunciado passou a estuprar a ofendida cotidianamente, quase todos os dias", relata o Promotor de Justiça Marcio Vieira na denúncia, destacando que as práticas sexuais ocorriam sem o uso de preservativo.  

Ainda conforme o MPSC, algumas vezes a mãe colaborou ativamente para as práticas criminosas, sob ameaças de agressão, de expulsão de casa e até de morte contra a filha. Em uma ocasião, a denunciada chegou a agredir a vítima com uma mangueira para que ela tivesse relação sexual com o denunciado.  

 

Mãe também foi condenada por sua omissão 

"Na condição de mãe da ofendida, nos termos do art. 13, § 2°, `a', do Código Penal, a acusada tinha o dever e podia agir para evitar os abusos sexuais perpetrados pelo seu companheiro, diante da obrigação de cuidado, proteção e vigilância que lhe era conferida legalmente. Contudo, assim não tendo procedido, sua omissão é penalmente relevante e concorreu para a prática dos delitos de estupro de vulnerável", complementa a Promotoria de Justiça na denúncia. 

A mãe da menina foi condenada a 36 anos e oito meses de reclusão, e o padrasto, a 23 anos e quatro meses de prisão, ambos em regime fechado.  A ré segue no Presídio Feminino de Itajaí e o réu, no Presídio Regional de Tijucas, onde estão desde a prisão em flagrante, ocorrida em outubro do ano passado.  

O Promotor de Justiça Marcio Vieira reforça o compromisso do MPSC em proteger as crianças e buscar a devida punição a quem comete crimes contra elas. "Fica um sentimento de justiça com relação à menina, que já se encontra acolhida no seio de outra família. Foi um processo que comoveu, inclusive, os agentes de segurança que realizaram a prisão em flagrante, tendo sido bem perceptível na audiência o sentimento deles", declarou.  

 

Denuncie! 

A violência sexual contra crianças e adolescentes é crime e exige a ação de todos. Se você suspeita ou tem conhecimento de casos de abuso, denuncie imediatamente. O Disque 100 é um serviço gratuito e anônimo disponível 24 horas por dia. Além disso, você pode ligar para a Polícia Militar (190) ou procurar o Conselho Tutelar mais próximo. Não se cale diante da violência. Sua denúncia pode salvar uma vida! 

 

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