Após deixar o presídio em Santa Catarina, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), falou pela primeira vez sobre a prisão que se estendeu por mais de quatro meses e a esperança em retornar à “missão pública”, além do desejo  em provar a sua inocência.

O político foi preso em 14 de fevereiro, na terceira fase da Operação Mensageiro, sob suspeita de receber propina para favorecer empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, na prestação de serviços na cidade.

“Vivi os 135 dias mais difíceis da minha vida, mas com muita fé, muitas orações, apoio permanente da minha família e de tantos amigos, além de uma competente e dedicada equipe de advogados”, relatou em áudio enviado à imprensa.

Ponticelli também demonstrou confiança em retornar logo à Prefeitura de Tubarão. “Sigo firme e muito esperançoso em poder voltar no menor espaço de tempo possível a exercer com dignidade a missão pública que me foi confiada pelos tubaronenses”, disse.

O político afirmou ainda que, durante os quase 28 anos de mandato, nunca recebeu nenhuma condenação por qualquer crime. “Não desonrei nem envergonhei meus eleitores ao longo dessas oito eleições, com sete mandatos, e não será desta vez que farei isso”.

O prefeito, porém, está proibido de falar com qualquer pessoa ligada à Operação Mensageiro e de entrar na administração municipal. Além disso, ele será monitorado mediante o uso de tornozeleira eletrônica pelos próximos 180 dias.

“Conquistamos a nossa primeira batalha para nos fortalecermos para as demais que ainda enfrentaremos até o final desse processo com um único objetivo: provar a minha inocência”, destacou.

Enquanto esteve preso, o prefeito enfrentou uma crise de depressão na cela especial em que ocupava no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, conforme amigos próximos.

“Eu quero apenas agradecer de coração e muito emocionado as milhares de mensagens de apoio, torcida e de oração que recebi e continuo recebendo, que me fortaleceram e me mantiveram saudável, com coragem e força para enfrentar tanto sofrimento”, agradeceu.