A iniciativa consiste em um novo fluxo nos exames de mamografia bilateral e unilateral, caso haja alguma alteração nos resultados
Uma nova estratégia na abordagem para diagnóstico precoce do câncer de mama foi elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma. A iniciativa consiste em um novo fluxo nos exames de mamografia bilateral e unilateral, caso haja alguma alteração nos resultados.
“Essa estratégia reafirma o compromisso do governo municipal com os cuidados da saúde da mulher. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e a conduta adequada para cada paciente. Tudo foi possível em parceira e alinhamento com os prestadores que nos atendem, e estimamos que reduziremos em 60 dias o diagnóstico. É um olhar especial para as mulheres”, enfatizou o secretário de Saúde de Criciúma, Deivid Freitas.
A gerente de Controle, Avaliação e Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Juliane Zanon, explica que o processo beneficia a população feminina que tenha detectado alguma alteração mamária. Além disso, todas as mulheres que realizarem a mamografia bilateral pelo SUS, e apresentarem alguma alteração no resultado, instantaneamente serão encaminhadas para fazer a mamografia unilateral/magnificação.
"Desta maneira, é possível ter acesso mais rápido ao diagnóstico e receber a orientação adequada para o quadro em menos tempo", pontua. A mamografia bilateral (de ambas as mamas) é o exame de rastreamento que as mulheres realizam conforme indicação e a mamografia unilateral (de apenas uma mama) é realizada para complementar os resultados da primeira.
De acordo com a coordenadora do Centro de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (CESMCA), Aline Padoin, o município de Criciúma registrou entre janeiro e setembro de 2024, 62 mulheres e um homem com câncer de mama. Destes casos, cinco foram na faixa etária de 30 a 39 anos, nove de 40 a 49 anos e 49 casos acima dos 50 anos. Com relação ao número de mulheres com câncer do colo uterino, há registros de 25 casos.
“Identificamos uma paciente de 72 anos, que prosseguiu com os exames mesmo após a idade estabelecida pelo cronograma de rastreio, desta forma conseguiu identificar logo no início, o que possibilitou o tratamento em tempo hábil”, destacou.
Um estudo elaborado pelo INCA em 2022 identificou que para cada ano do triênio 2023-2025, surgiriam 17.010 casos novos de câncer do colo do útero, o que representa uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Números que reforçam a importância de campanhas educativas como a do Outubro Rosa, fundamental para a prevenção da doença.
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