Na noite de sábado (15), o Vaticano informou que o papa Francisco continua “estável”, mas que ele ainda não tem previsão de alta e que precisa continuar o tratamento mesmo com a “melhora gradual”. Já no domingo (16), o pontífice mandou uma mensagem aos fiéis, do hospital onde está internado desde o dia 14 de fevereiro, com pneumonia bilateral. 

"Enquanto atravesso este momento de provação", "uno-me a tantos irmãos e irmãs doentes: frágeis, assim como eu neste momento", escreveu. “O nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns para os outros, na fé, sinais luminosos de esperança”, completou o papa, de 88 anos.

Na última quinta-feira (13), o religioso completou 12 anos de papado. O argentino Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa latino-americano e jesuíta. Como pontífice, assumiu o nome Francisco, e durante os últimos 12 anos realizou diversas mudanças no Vaticano. Um dos maiores exemplos é a Reforma da Cúria Romana. Graças ao papa, os dicastérios e os ministérios da Santa Sé podem ser comandados por laicos, inclusive mulheres.

Francisco se tornou sacerdote em 1969, bispo em 1992 e arcebispo de Buenos Aires em 1998, e cardeal em 2001. Entre os temas abordados por ele estão os escândalos sexuais na igreja católica, tendo tomado medidas significativas para resolver o problema. Ele é defensor dos direitos dos migrantes e refugiados, e pediu a líderes mundiais que tomassem medidas urgentes para enfrentar a crise migratória global.

A trajetória do papa também foi marcada por uma declaração em 2013, em que ele afirmou que não poderia julgar uma pessoa homossexual. Francisco defende o acolhimento de divorciados na Igreja Católica, uma postura criticada pelos mais conservadores da religião.

Em 2023, Francisco disse também que mulheres transexuais são “filhas de Deus” e não devem ser tratadas de forma diferente pela Igreja Católica. Ele foi eleito papa após a renúncia de Bento XVI, o primeiro pontífice em quase 600 anos a se aposentar. Em uma biografia publicada neste ano, Francisco revelou que não esperava em 2013 ter sido eleito papa. 

Desde que assumiu, o argentino abriu mão de certos luxos oferecidos ao papa, como o uso de sapatos vermelhos – ele escolheu usar calçados pretos –, e optou por viver em um apartamento na Casa de Santa Marta, e não no Palácio Apostólico.

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