Objetivo é reduzir dependência de tecnologias estrangeiras e fortalecer soberania digital
O governo federal está analisando a possibilidade de desenvolver um sistema próprio de posicionamento por satélite, semelhante ao GPS utilizado atualmente. A proposta está em fase de avaliação e envolve diferentes órgãos públicos e instituições de pesquisa.
Segundo o Ministério da Defesa, a criação de uma tecnologia nacional permitiria ao Brasil ter mais autonomia em áreas estratégicas, como segurança, agricultura de precisão, logística e gestão de desastres naturais. Atualmente, o país depende de sistemas estrangeiros, como o GPS (dos Estados Unidos), o Galileo (da União Europeia), o Glonass (da Rússia) e o BeiDou (da China).
A discussão foi retomada em reunião do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB), realizada nesta semana. O grupo é composto por representantes da Presidência da República, ministérios e agências federais, e tem como missão definir prioridades e propor ações para fortalecer o setor espacial nacional.
De acordo com o governo, a proposta em análise prevê a criação de uma constelação de satélites capaz de fornecer serviços de geolocalização para uso civil e militar. A iniciativa exigiria investimentos de longo prazo, cooperação internacional e fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira.
Ainda não há prazo definido para a implementação do projeto, mas o tema deve integrar a estratégia nacional de desenvolvimento espacial em debate para os próximos anos.