Graziela Cândido, 36 anos, mãe dos gêmeos Vitor e Vicente e da pequena Anna Julia, viveu um momento inesquecível nessa terça-feira (4), na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), de Tubarão. Ela deu a luz a Helena, com 2,480 kg; Heloísa, com 2,250 kg; e Aurora, com 2,140 kg. O parto das trigêmeas ocorreu após uma gestão de 35 semanas, um dia, e contou com o suporte da equipe multiprofissional.

A paciente, com gravidez de risco, era acompanhada pela equipe multiprofissional no ambulatório de Alto Risco da instituição desde o início da gestação e recebeu todos os cuidados necessários para um parto seguro. “A equipe é incrível. Durante todo o meu processo fui muito bem acolhida e tive uma gestação, apesar de trigêmeos, tranquila”, relata Graziela. “Foi um parto emocionante, chorei quando tive elas nos meus braços. Será um momento para toda vida”.

Depois do parto, apesar de ter os leitos reservados para as pequenas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, somente Helena necessitou da intensiva por um desconforto respiratório. “Mas tenho certeza de que será por pouco tempo”, diz a mãe.

Casos como o de Graziela são raros. Ter uma gestação gemelar e uma gestação trigemelar naturalmente é algo pouco comum e chama atenção pela raridade. Esse tipo de ocorrência pode estar relacionado a fatores genéticos, idade materna e maior tendência à ovulação múltipla. Segundo Leandro Fossati Silveira, ginecologista e obstetra que acompanhou a paciente e realizou o parto, é um caso incomum e o fator genético é mandatório.

“Mais interessante foi que essa gestação múltipla foi tricoriônica e triamniótica (3 placenta e 3 bolsas), ou seja " três caminhas e três mosqueteiros" uma para cada bebê. Isto foi um dos fatores positivos de manutenção da gestação quase ao termo”, relata. “Outro fator que considero importante foi a aderência da Grazi ao pré-natal de alto risco, sempre realizando o monitoramento e os exames conforme a conduta médica.  Resultado: um parto lindo com bebês saudáveis e parturiente com ótima recuperação. Parabéns ao casal”

Uma semana antes Graziela passou pela experiência da pintura do ventre materno do "ultrassom natural", representando as trigêmeas. A arte gestacional, realizada pela enfermeira Tayse Schimitis, é uma técnica que ilustra a posição dos bebês dentro do útero, além de outros elementos importantes da gestação, como a placenta e o cordão umbilical, refletindo o processo de humanização, porque promove essa conexão da mãe e filho.

A pintura do ultrassom natural é uma prática que vem ganhando espaço para fortalecer o vínculo entre a gestante e seus bebês, proporcionando uma recordação visual e emocional desse período tão marcante na vida da família.

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