Quando está muito quente, o corpo humano trabalha no limite e pode provocar falência térmica.
A onda de calor que elevou as temperaturas nos últimos dias, com temperaturas 5º C acima da média por mais de cinco dias, gera alta probabilidade de risco à vida, danos e acidentes.
Com aumento do calor extremo, resultado especialmente das mudanças climáticas induzidas pelo homem, uma série de medidas é necessária para diminuir o impacto na saúde. O quadro tem potencial de gerar a falência térmica do corpo.
"Essa é uma emergência médica caracterizada pela confusão mental, pele quente e seca e temperatura corporal acima de 40º C", explica o médico Luiz Fernando Penna, coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Quando está muito quente, o corpo humano trabalha no limite. O organismo aumenta a sudorese, o que faz acelerar os batimentos cardíacos e dilata os vasos sanguíneos. Esses mecanismos, porém, têm limite. E, quando falham, instala-se a falência térmica.
O calor extremo também agrava o quadro de quem convive com doenças crônicas, tais como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) e doença renal crônica.
Pessoas que fazem uso de diuréticos, anti-hipertensivos, antidepressivos, anticolinérgicos e antipsicóticos também precisam redobrar a atenção. Os medicamentos podem aumentar a dilatação ou descontrolar a regulação térmica natural do corpo.