Biólogo e cientista Tiago Rocha dá dicas preciosas sobre os diferentes tipos de alimentação.

Em uma de suas aulas, o biólogo e cientista Tiago Rocha, fez experimentos para avaliação nutricional de 3 modelos distintos de dieta que vêm sendo experimentados e desenvolvidos com grandes alterações ao longo da história, envolvendo o curso da ciência e, também da religião. 

Para começar a compreender essas alterações, o biólogo relata que segundo uma das principais teorias da evolução, há 10 mil anos atrás, caçávamos para sobrevivência. De caçadores, passamos a coletores e por último nos tornamos agricultores e de acordo com a teoria da criação, a vida na terra iniciou-se há 6 mil anos, com Adão, período em que colhíamos, plantávamos e depois começamos a caçar, ou seja, antes do pecado, Adão e Eva comiam frutos e, quando saíram do Éden começaram a plantar, tornaram-se agricultores. 

Todo esse comparativo é feito pelo especialista, para explicar de onde surgiram as dietas alimentares que seguimos hoje e, qual a trajetória histórica e até mesmo religiosa, que acabou provocando uma desorganização e desestruturação em comparação a alimentação realizada nos primórdios da humanidade que nos proporcionava, qualidade de vida, longevidade e força, como a que era baseada em cereais, frutas, nozes e verduras.

Segundo o cientista, vimos através da Bíblia que após o dilúvio, Deus permitiu o consumo de animais, sem que houvesse sangue ou gorduras em suas carnes.  No entanto, algumas espécies são consideradas limpas e outras imundas pelo Livro Sagrado. Dentre as limpas, temos alguns exemplos com fendas no casco, como o gado e a ovelha, ainda os peixes com barbatanas e escamas, as galinhas; já como animais impróprios para a alimentação humana, temos ratos, lagartos, cães, algumas espécies de frutos do mar, morcegos, dentre outros.

Com a introdução da carne em nossa alimentação após o dilúvio, houve uma involução. Os alimentos que passaram a fazer parte de nossa dieta reduziram drasticamente nossa longevidade. Veganos viviam uma média de 930 a 950 anos, já os carnívoros no máximo 600 anos, também é comparada a altura entre veganos e carnívoros, estando este fato explicitado na Bíblia. Os personagens que eram veganos tinham uma média de 4 metros de altura, já os carnívoros, apresentavam altura inferior a dois metros, ou seja, éramos saudáveis e ficamos doentes, explica o biólogo

O biólogo fez o estudo através de um experimento onde elaborou um cardápio para as refeições de veganos, carnívoros e vegetarianos, só alterando mesmo alguns elementos e os itens proteicos que são completamente diferentes de uma dieta para outra e a conclusão a que foi possível chegar é que em todas as dietas existe falta de nutrientes ou excesso, como é o caso das vitaminas B12 e D nos carnívoros, o que pode ocasionar infartos e derrames. “Nenhuma delas é perfeita, por isso estamos na era da suplementação”, conclui ele.

“Com relação ao consumo de proteínas, ela precisa ter 9 aminoácidos e é exatamente a quantidade que a carne possui. Como exemplos de proteína, vemos que a soja tem o dobro da carne, 100 g de soja tem 50 g de proteína, já a carne, em 100 g, tem-se 25g e o ovo tem 6g de proteína.”

Uma vitamina essencial para a manutenção da saúde é a B12, a cobalamina, que é a mais complexa do mundo. Caso seus níveis estejam baixos no sangue, podem ocorrer lesões neurológicas, dentre outros problemas de saúde. Essa vitamina vem do boi que metaboliza bactérias, através do consumo de capim. Para quem não come a carne do animal, a suplementação de metilcobalamina, torna-se essencial, assim como é importante suplementar vitamina D3 para restaurar o ânimo e a energia.
Através de todo este estudo foi possível chegar à conclusão que: “os vegetarianos têm uma dieta melhor e mais balanceada que os outros estilos alimentares. É a mais indicada e com maiores benefícios a saúde dentre todas as dietas, observação feita através de tabela de nutrientes e macronutrientes das refeições sugeridas.”

Esperamos que um dia a alimentação ideal seja restaurada e que na eternidade todos os animais voltem a viver em sincronia, finaliza o biólogo.