O sexo nunca foi apenas sobre corpos em movimento ou sobre o clímax que tantos colocam como objetivo final. Sexo é diálogo sem palavras, é conexão que não se limita ao toque. O orgasmo, ainda que poderoso, é apenas uma vírgula, nunca o ponto final. É no pós que o sexo revela sua verdadeira grandeza.
Naquele abraço onde os corpos se enlaçam sem pressa, no calor que ainda permanece mesmo quando o suor já seca. É no silêncio compartilhado, onde nenhum som é necessário porque os corações falam por si. Saltam, descompassados, mas alinhados.
Os olhos fechados não escondem nada; pelo contrário, revelam uma entrega rara. Ali, naquele momento, mora a vulnerabilidade que transforma o desejo em ternura, o prazer em cumplicidade. O abraço não é só o fim de um ato; é o começo de uma história.
Sexo não termina onde muitos pensam que acaba. Ele continua na troca de olhares preguiçosos, na conversa tímida entre beijos espaçados, no cheiro de pele que fica impregnado como memória viva. É a soma de todos os detalhes que transcendem o instante e fazem da experiência algo que dura muito além do momento.
No fundo, sexo é sobre presença, sobre estar inteiramente ali, na união de almas que entendem o poder do carinho depois do prazer. É saber que, ao abrir os olhos, haverá reciprocidade no brilho do outro. Porque, no abraço cúmplice, o amor continua a pulsar – e isso, ah, isso sim é o verdadeiro orgasmo da vida.
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Sexóloga
Sexóloga, especialista em relacionamentos, professora de artes sensuais, ativista no combate à violência doméstica, colunista social e comunicadora de tv e rádio.