A saúde sexual nunca foi só sobre o corpo. Ela é, antes de tudo, um reflexo daquilo que carregamos por dentro. É impossível separar desejo de emoção, prazer de tranquilidade, ou conexão física de equilíbrio mental. Porque o corpo fala, mas é a mente quem traduz.
Quantas vezes o cansaço mental nos rouba o apetite pela vida — e, com ele, pelo toque, pela intimidade? Ansiedades não resolvidas se tornam muros invisíveis entre duas pessoas, enquanto mágoas guardadas silenciam aquilo que deveria ser natural e fluido. A sexualidade é uma ponte que liga, mas essa ponte precisa de bases sólidas: segurança emocional, autoestima e paz interior.
Quando a mente está em guerra, o corpo responde. O desejo pode se esconder, o prazer pode parecer distante, e a intimidade vira um território de cobrança ou obrigação. Por outro lado, quando a saúde mental e emocional estão em dia, o corpo se abre como uma conversa sincera: sem pressa, sem pressão, apenas entrega.
Cuidar da saúde sexual é também cuidar de si mesmo. É respeitar os próprios limites, expressar desejos, e — talvez o mais importante — permitir-se sentir. Porque o prazer não é apenas físico; ele é uma confirmação de que estamos vivos, conectados e em harmonia com o que somos e com quem escolhemos estar.
A saúde sexual não se constrói no vazio. Ela precisa do diálogo, da confiança, e do olhar para dentro. Quando nos tratamos com amor e cuidado, quando priorizamos nossa mente e nossas emoções, o corpo agradece. E é nesse encontro — entre o físico, o mental e o emocional — que a verdadeira intimidade floresce.
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Sexóloga
Sexóloga, especialista em relacionamentos, professora de artes sensuais, ativista no combate à violência doméstica, colunista social e comunicadora de tv e rádio.